A sapatilha de ponta é um acessório desejado por toda menina que sonha em ser uma bailarina clássica. Os registros históricos apontam que a bailarina sueca Marie Taglioni foi a primeira dançarina a usar esse calçado por volta de 1831.
De lá para cá, a sapatilha de ponta continua transmitindo a sensação de dançar, literalmente, na ponta dos pés – suspensão, leveza e uma imagem alongada são as características desse calçado. Você sabia que uma bailarina chega a medir 20 centímetros a mais quando usa a sapatilha de ponta?
No entanto, o uso da sapatilha de ponta está restrito às bailarinas mais experientes. Como todas as etapas no ballet, é preciso um trabalho árduo, focado e com muita disciplina. E para o uso da sapatilha de pontas não é diferente.
A iniciação ao trabalho em pontas não é determinada apenas pela idade da bailarina, mas pela criteriosa avaliação que inclui:
- O estágio de desenvolvimento corporal geral e maturação óssea;
- Controle do tronco, musculatura abdominal e pelve;
- Alinhamento das articulações dos membros inferiores;
- Força e flexibilidade dos pés e tornozelos;
- Duração e frequência do treinamento em dança.
Em média, alunos que começam a praticar ballet por volta dos sete anos, frequentando duas vezes por semana as aulas, pode começar o treinamento com pontas aos 11 ou 12 anos.
Para iniciar o treinamento com segurança, o aluno deve ter conquistado força e coordenação motora. Para suportar o peso da bailarina, as sapatilhas são confeccionadas com materiais resistentes: camadas de tecidos de densidades diferentes, cola, acabamentos em couro e até um elastômero termoplástico, menos propenso à deformação pelo pé.
Em um comparativo simples: dançar com sapatilhas de lona ou couro (meia ponta) aumenta a força incidente sobre os pés e os tornozelos em até quatro vezes o peso da bailarina; já com a sapatilha de pontas esse número chega a 12 vezes.
A sapatilha de ponta exige equilíbrio e domínio dos músculos do tronco, bem como força muscular nas coxas, panturrilhas e pés. Além disso, a sapatilha de ponta representa um marco na vida da bailarina, uma forma de apresentar uma etapa mais séria e que requer muita dedicação.